ADD no parlamento a 27 de Julho


O Francisco Santos anunciou neste post que os projectos de Lei do PCP e do BE foram agendados para discussão e votação no parlamento para o dia 27 de Julho.

Como tenho um leve pressentimento que nessa data já estarão quase definidas as linhas gerais para um novo modelo de avaliação sinto que este agendamento será apenas para forçar Nuno Crato a procurar um acordo de princípios até essa data e não para obter a aprovação dos referidos projectos de Lei.

Acho que a pressa é inimiga da perfeição e neste caso convém, em função de um congelamento de carreira até 2014, que não exista pressa em querer tudo pronto até ao mês Setembro e que possa existir a implementação de um novo modelo de forma faseada com experimentação em escolas piloto.

Se em breve for encontrado um consenso para retirar os efeitos de mérito desta avaliação para o concurso de 2012/2013 será já um bom princípio, pois que para 2011/2012 será já de todo impossível já que as listas definitivas estão para ser publicadas a qualquer momento.

Tendo em conta que deve aparecer uma nova matriz curricular em 2012/2013 seria de todo interessante que fosse antecipado para esse ano um concurso nacional de professores sem os asteriscos, caso contrário ficavam a beneficiar os asteriscos deste ano para uma recondução em 2012/2013 baseada numa bonificação da graduação já eliminada. 

Parece que os próximos dias serão quentes e que podem surgir novidades.

5 opiniões sobre “ADD no parlamento a 27 de Julho”

  1. Arlindo,
    a negociação de um novo modelo de avaliação é sempre de saudar.
    Acontece que para ser possível um modelo com as características adequadas a um bom desenvolvimento profissional e à melhoria das práticas educativas é necessário evitar os constrangimentos existentes no ECD, nomeadamente as orientações impostas pelos artigos 40 a 49.
    Nesse sentido a abertura de negociações para um novo modelo de avaliação não exclui a necessidade de revogar aqueles artigos. O que significa que o agendamento e o texto proposto correspondem a uma necessidade e um desejo dos professores e, por isso, das organizações que declaram representá-los.

  2. Para não quererem ser considerados incoerentes acho que o Governo vai querer procurar uma solução que esvazie a votação do dia 27.
    Por isso alguns regressos antecipados da cidade do cabo, meu caro.

  3. Que regressem, que encontrem uma solução e que dia 27 não seja necessário votar a suspensão porque este modelo já não existe.
    Seja como for, e doa o que doer, a iniciativa do PCP terá sempre o mérito de ter clarificado posições e, quanto mais não seja, obrigado a antecipar regressos da cidade do Cabo 😉

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